Diese Publikation entstand im Rahmen des von Prof. Dr. Enrique Rodrigues-Moura geleiteten Projekts »Iberian Studies« an der Professur für Romanische Literaturwissenschaft/Hispanistik der Otto-Friedrich-Universität Bamberg. - Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos. Estudio, edición crítica y traducción de Christian Juan Porcar Bataller

La obra "Satyrae" del erudito literato portugués Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos (1670-1747) representa un punto álgido de la imitación de la sátira clásica latina en el siglo XVIII. Por esa razón, era necesaria su recuperación mediante una edición crítica (a partir del texto de la edición de diciembre de 1742) y una traducción anotada que reflejasen la historia del texto y lo contextualizasen y elucidasen, desvelando el entramado de vínculos existente entre los personajes de la época. En los cinco poemas que la conforman, escritos en hexámetros latinos, es palmaria la cercanía con el universo quevedesco y su lectura podrá servir de punto de partida para el cotejo con producciones literarias de otros autores del entorno europeo, especialmente satirógrafos. En sus distintas ediciones, la obra se publicó siempre acompañada de los comentarios latinos del catedrático salmantino González de Dios, también aquí traducidos y editados críticamente.
Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos, natural de Torre de Moncorvo (Braganza), pasó la mayor parte de su vida en España, donde desarrolló su carrera literaria, que culminaría con el nombramiento como académico honorario de la Real Academia Española en 1738. Por lo que se refiere a sus cuatro obras principales, escritas en castellano y en latín, el policromo ingenio de Botelho se debatió entre la pompa y la solemnidad épicas de "El Nuevo Mundo" o "El Alfonso", y la crítica jocosa y mordaz de su "Historia de las cuevas de Salamanca" o sus "Satyrae". Escribió también algunas obras en portugués y de su producción en esa lengua destaca, como notable fuente de referencias históricas y de noticias sobre la vida del autor y de sus conterráneos, el ensayo en forma de epístola titulado "Discurso político, histórico e crítico", publicación póstuma que vio la luz en 1752.

Das Werk "Satyrae" des portugiesischen Gelehrten und Schriftstellers Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos (1670-1747) stellt einen Höhepunkt der Imitation der klassischen lateinischen Satire im 18. Jahrhundert dar. Aus diesem Grund waren sowohl eine kritische Neuausgabe (ausgehend von der Textausgabe aus dem Dezember 1742) sowie eine kommentierte Übersetzung nötig, um Textgenese, historische Einordnung und Verbindungslinien zwischen den Persönlichkeiten der Zeit offenzulegen. Aus den fünf aus lateinischen Hexametern bestehenden Gedichten lässt sich eine enge Verwandtschaft zu Quevedos Universum herauslesen, die auch als Ausgangspunkt für Vergleiche zu anderen Werken europäischer Autoren, besonders Satirenschreibern, dienen kann. Die unterschiedlichen Textausgaben des Werks sind stets mit den lateinischen Anmerkungen des aus Salamanca stammenden Gelehrten González de Dios erschienen, die auch hier übersetzt und kritisch aufgenommen wurden.
Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos, gebürtig aus Torre de Moncorvo (Bragança), verbrachte den Großteil seines Lebens in Spanien, wo er seine literarische Laufbahn entfaltete, die 1738 in der Ernennung zum Ehrenmitglied der Real Academia Española gipfelte. Die vier Hauptwerke seines Schaffens, verfasst in Spanisch und Latein, decken ein breites Spektrum ab, zwischen pompöser Epik in "El Nuevo Mundo" oder "El Alfonso" bis zu beißender humoristischer Kritik in "Historia de las cuevas de Salamanca" oder "Satyrae". Aus den von Botelho auf Portugiesisch verfassten Werken ist der Essay "Discurso político, histórico e crítico" hervorzuheben, der wichtige Hinweise über die lebensweltlichen Hintergründe des Autors und seiner Landsmänner liefert und 1752 in Briefform posthum veröffentlicht wurde.

The work "Satyrae" of the Portuguese writer and scholar Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos (1670-1747) represents a high point of the imitation of classical Latin satire in the 18th century. Therefore, it was necessary to recover it through a critical edition (reference text: December 1742) and an annotated translation that reflect the history of the text, contextualize it, and reveal the network of connections between the characters of the time. In the five poems constituting the work, written in the form of Latin hexameters, the closeness to Quevedo’s universe becomes patent and its reading may serve as a starting point for comparing it with the literary productions of other European authors, especially satirists. In its several editions, this work has always been published accompanied by the Latin comments of the scholar González de Dios from Salamanca, which also have been translated and critically edited here.
Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos, a native of Torre de Moncorvo (Bragança), spent most of his life in Spain, where he developed his literary career, which culminated in his appointment as honorary member of the Real Academia Española in 1738. With regard to his four main works, written in Spanish and Latin, Botelho's polychrome talent oscillates between the epic pomp and solemnity of "El Nuevo Mundo" or "El Alfonso" and the humorous and scathing criticism of his "Historia de las cuevas de Salamanca" or "Satyrae". He also wrote some works in Portuguese. Among these, one stands out as a notable source of historical references and news about the life of the author and his fellow countrymen: the essay in the form of an epistle entitled Discurso político, histórico e crítico, posthumously published in 1752.

A obra "Satyrae" do erudito literato português Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos (1670-1747) representa um ponto alto da imitação da sátira clássica latina no século XVIII. Por essa razão, era necessária a sua recuperação através de uma edição crítica (a partir do texto da edição de dezembro de 1742) e uma tradução anotada que refletissem a história do texto, o contextualizassem e elucidassem, revelando a rede de vínculos existentes entre as personagens da época. Nos cinco poemas que a compõem, escritos em hexâmetros latinos, é evidente a sua proximidade ao universo de Quevedo e a sua leitura poderá servir como ponto de partida para a comparação com produções literárias de outros autores do entorno europeu, nomeadamente satíricos. Nas suas várias edições, o trabalho foi sempre publicado acompanhado dos comentários em latim do catedrático salamanquino González de Dios, também aqui traduzidos e editados criticamente.
Francisco Botelho de Moraes e Vasconcelos, natural de Torre de Moncorvo (Bragança), passou a maior parte da sua vida em Espanha, onde desenvolveu a sua carreira literária, que culminaria com a nomeação como académico honorário da Real Academia Española em 1738. No que diz respeito às suas quatro obras principais, escritas em espanhol e latim, o engenho policromo de Botelho debatia-se entre a pompa e a solenidade épicas de "El Nuevo Mundo" ou "El Alfonso", e a crítica jocosa e mordaz da sua "Historia de las cuevas de Salamanca" ou das suas "Satyrae". Ele escreveu também algumas obras em português, e da sua produção nessa língua destaca, como fonte notável de referências históricas e notícias sobre a vida do autor e dos seus conterrâneos, o ensaio em forma de epístola intitulado "Discurso político, histórico e crítico", publicação póstuma que viu a luz em 1752.